Memórias de(lá)

Eu mergulhei no caos daquele momento e quase me afoguei
Sem botes ou salva-vidas, e sem saber nadar.
Eu vi o oceano e fui bater de frente
Como se o mar fosse se abrir para mim.

Eu não me arrependo de ser maluco
A culpa não é minha se eu tenho um parafuso a menos.
A adrenalina de acelerar é incomparável
Sentir que pode mais, sentir que está no controle.

Fui rápido demais para uma rodovia com limite de velocidade
Daqui à um ano vou pensar: quem é o louco que dirige assim sem cinto?
Mas quando se está no volante, você só quer correr
Correr sem destino e sem pensar nas consequências.

O som da boate estava muito alto
E era eu quem estava no som.
Incomodei muitos vizinhos com o barulho
Mas uma hora a polícia chegou.

Viajei numa frequência muito alta
Mas tão alta que as rádios não conseguem captar.
As ondas também tem limites
Como as cores que conseguimos enxergar.

Parei, e agora observando
Não aproveitei a viagem que faz parte do caminho.
Voei por cima das nuvens e não vi nada
Estava só querendo chegar no destino.

Não se faz café de qualquer jeito
Não é só por a água por cima do pó.
É sobre o tempo que leva para a água coar
É sobre o movimento que faz para melhor aproveitar.

O miojo por mais rápido que seja para fazer
Ainda se tem que esperar os 3 minutos para cozer.
Colocar o tempero de maneira uniforme
E saborear tanto o macarrão, quanto o caldo.
Matheus H.


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