O Ipê Amarelo - p07

   Algum tempo depois, ao ir pagar o aluguel da loja, ela aproveitou o momento para tirar a sua curiosidade e perguntar sobre o nome do posto, perguntar se havia algum motivo por trás do nome que ele escolheu. Eles costumavam conversar bastante, mas não falavam muito sobre o passado, seus assuntos eram mais sobre trabalho e sonhos futuros. Em resposta ele disse que o maior motivo é que na infância ele gostava de uma menina que amava essa flor.
 No caminho para casa, ela decidiu dar uma passada na biblioteca, pegou seu livro e um chocolate quente e sentou próxima a janela como de costume. No meio da leitura ela olhou para o céu e notando que o sol estava já sumindo por trás das árvores, decidiu interromper sua leitura e armazenar com a bibliotecária, que ficou surpresa com a atitude dela; pois nunca armazenou um livro antes, sempre terminara suas leituras antes de partir.
 Saiu da biblioteca em direção ao bosque, e encontrando aquela árvore de ipê, viu na pedra que ficava logo em baixo da árvore, uma pessoa ocupando o lugar, sendo possível ver uma silhueta masculina sentada lá. Não interferindo no descanso do rapaz, optou por ficar num banco que havia por ali, onde também era possível observar o por do sol, de maneira menos proveitosa, mas ainda assim maravilhosa.
 Virando a esquina da rua de casa, viu um caminhão de mudança saindo lá de perto e chegando perto de casa, notou que a casa ao lado, estava sem a placa de venda, e que havia alguém terminando de limpar a garagem. Não deu tanta atenção e adentrou em casa, e havendo percebido que o dia dela foi meio estranho decidiu desenhar. Ela era horrível nessa arte mas ainda assim fez vários desenhos só para ver o que saía. Nesse dia ela anotou poucas coisas, mas ainda assim tudo o que ela escrevia tinha um motivo.

parte 7 - o estranho dia
Matheus H.



Comentários

Postagens mais visitadas