O Ipê amarelo - p01

  Caminhando em direção ao porto seguro, lá ia ela, com seu livro preferido, um caderno e caneta. Seu lugar preferido era depois do bosque, numa grande pedra que ficava na sobra de um ipê amarelo.
  O sol já se pôs, e a imagem dele indo é uma perfeita obra de arte, todas aquelas combinações de cores: rosa, azul, laranja, roxo. Não é atoa que é a hora perfeita de ter um encontro: unir as duas partes do dia, unindo dois seres olhando para os céus.
  O brilho nos olhos e o vento nos cabelos longos; ela sorria como uma garota que se apaixonara pela primeira vez. Não estava acompanhada, ela admirava a arte que combinava o por do sol entre as montanhas, e o voar das flores de ipê que caiam com o vento. Seus livros preferidos, séries, ou filmes não conseguia reproduzir a beleza que ela agora estava vendo. Ela escreveu em seu caderno, sobre a vista que ela presenciou, cada detalhe marcante, cada sensação boa. Havia um sorriso bobo em cada linha que ela escrevia.
  Chegando em casa, cumprimentou seu gato, e foi para o quarto separar uma roupa; se despiu e viu algo na sua jaqueta: uma flor amarela que tinha ficado presa na touca dela. Correu em direção ao seu caderno fazendo mais essa anotação, o banho pode esperar.

parte 1 - por do sol
Matheus H.


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