O Dano

Estava nova ainda
Era confortável de segurar
E fazia bem o que prometia

O afiado deslizar
O fácil risco de fazer
O duro gesto de marcar

Aquela profunda marca
A cor que mancha a lâmina
A triste repetição

Sentia sim dor em fazer
Somente pra disfarçar outra
Sofria pra esconder outro sofrimento

Cor avermelhada caía ao chão
Com um suave tom no respingar
Crescendo a mancha no chão

Diferente do que aparenta
Danificava-se para sofrer menos
Danificava-se para não morrer
Matheus H.



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